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O cine Azteca, a cultura Mexicana e suas relações com o Brasil

MARIA CLARA PECORELLI

O México é um país com uma cultura riquíssima, que conta com tradições de civilizações milenares, como a asteca e a maia. Mas foi na primeira metade do séc. XX que ele se modernizou e passou a exportar seus bens culturais pelo mundo e, mais ainda, pela América Latina – especialmente as novidades visuais, como o cinema.

Depois da Revolução Mexicana, o país queria se destacar no cenário internacional, reafirmando sua identidade nacional. Nas artes visuais já surgia o muralismo, de grande repercussão e importância. A partir dos anos 20 muitas ações aconteceram, como por exemplo, a participação mexicana na Exposição Internacional das Comemorações do Centenário da Independência do Brasil, no Rio de Janeiro em 1922. Além do pavilhão mexicano, construído em estilo colonial barroco, o representante mexicano – o ministro da educação da época – presenteou a modernizada capital federal com uma estátua de Cuauhtémoc, último imperador mexica (asteca), instalada na confluência das Avenidas Beira Mar, Oswald Cruz e Rui Barbosa em 16 de setembro daquele ano.

Mas a grande influência externa mexicana se deu mesmo através do seu cinema, que chegou ao auge nos anos 40 e 50, na chamada Época de Ouro.  E os contatos com o Brasil se estreitaram. Segundo Carlos Alberto Sampaio Barbosa, “Neste momento o cinema mexicano se constituía como um meio de comunicação de massa e atingia amplo sucesso não só em seu território, mas em todo o continente. Os filmes mexicanos eram amplamente conhecidos pelo público latino-americano e suas produções definiam uma ideia de identidade baseada na ‘latinidade’ ”. Houve momentos em que a indústria cinematográfica do país ultrapassou até a fama do poderoso cinema norte-americano, nos países “hermanos”.

E isto graças à Pelmex, a distribuidora de cinema do México, que tinha uma atuação competente e ousada. Foi esta companhia que construiu no Rio de Janeiro o Cine Azteca, inaugurado em 1951, com uma decoração que imitava um templo pré-colombiano, remetendo a elementos simbólicos do país de origem. Era considerado o primeiro edifício pré-fabricado do país, com uma ampla sala de 1780 lugares. Este cinema não foi o único, no Brasil todo chegou a ter uma rede de 15 deles.

Os artistas mexicanos mais populares eram Cantinflas e Dolores del Rio, de renome internacional, em filmes recheados de histórias de amor e drama. Mas não só havia os novelões. O famoso cineasta surrealista Luís Buñel, de origem espanhola, se naturalizou mexicano e realizou no país muitos dos seus filmes intrigantes.

Nessa época o Brasil tinha um star-system forte, da produtora Atlântida, com estrelas populares tais como Oscarito, Grande Otelo, Eliana Macedo, José Lewgoy, Roberto Faissal, Cyll Farney e muitos outros. E, muitas vezes, as cinematografias mexicana e brasileira andavam de braços dados, intercambiando filmes e atores. Essa era não durou para sempre.

Quanto ao Cine Azteca, não teve vida tão longa, e após falir fechou em 1973, dando lugar a um centro comercial moderno, no endereço da R. do Catete 228.

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praia do flamengo

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