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Gaslighting!? O que é isso?

CRISTIANNE MAGALHÃES

No número passado vimos um pouco como o machismo prejudica os homens. Descobri no site thinkolga.com quatro termos em inglês que descrevem atitudes machistas que nós mulheres sofremos diariamente, e que nem sempre identificamos como preconceito e discriminação. Por isso, resolvi transcrever aqui para divulgar e nos empoderar. Quem puder, visite o site, vai encontrar mais informações preciosas.

Manterrupting – Man + interrupting. A palavra é uma junção de man (homem) e interrupting (e interrupção). Em tradução livre, manterrupting significa “homens que interrompem”. Este é um comportamento muito comum em reuniões e palestras mistas, quando uma mulher não consegue concluir sua frase porque é constantemente interrompida pelos homens ao redor.

 

Gaslighting – é a violência emocional por meio de manipulação psicológica, que leva a mulher e todos ao seu redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz. É uma forma de fazer a mulher duvidar de seu senso de realidade, de suas próprias memórias, percepção, raciocínio e sanidade. Este comportamento afeta homens e mulheres, porém somos vítimas culturalmente mais fáceis. No dia a dia, aposto que vocês já ouviram alguma vez – ou várias:

  • “Você está exagerando”

  • “Nossa, você é sensível demais”

  • “Para de surtar”

  • “Você está delirando”

  • “Cadê seu senso de humor?”

  • “Não aceita nem uma brincadeira?”

  • E o mais clássico: “você está louca”.

O termo gaslighting surgiu por causa de um filme de mesmo nome, de 1944, em que um homem descobre que pode tomar a fortuna de sua mulher se ela for internada como doente mental. Por isso, ele começa a desenvolver uma série de artimanhas – como piscar a luz de casa, por exemplo – para que ela acredite que enlouqueceu.

Um caso ocorrido dentro da marinha norte-americana foi noticiado pela imprensa: cinco mulheres afirmaram terem sido vítimas de estupro dentro da corporação. Poucos meses depois, todas foram afastadas por problemas emocionais. Outras mulheres relatam casos dentro da instituição. Após denunciar as agressões, ouviram de volta:

“Não venha me aborrecer só porque fez sexo e se arrependeu.”

“Isso nunca aconteceu. Agora pode ir embora.”

Isso é gaslighting. Uma forma de manipulação que desencadeia um total esvaziamento da autonomia da vítima. Uma ferramenta presente em muitos relacionamentos, que levam as mulheres a abrir mão de suas escolhas, de suas opiniões e até de cuidar da sua própria vida. É desempoderamento, opressão e controle. Algo que não deve ser admitido em nenhuma situação.

 

Bropriating – brother + appropriating. O termo é uma junção de bro (curto para brother, irmão, mano) e appropriating (apropriação) e se refere a quando um homem se apropria da ideia de uma mulher e leva o crédito por ela em reuniões. Quando colocamos uma ideia, muitas vezes não somos ouvidas. E então, um homem assume a palavra, repete exatamente o que você disse e é aplaudido por isso. Quem já não se viu nesta situação?

Em seu livro “Faça Acontecer”, Sheryl Sandberg, Diretora de Operações do Facebook, convida as mulheres a sentarem à mesa. A serem conscientes de seus lugares e de sua importância na sala de reuniões. Ela explica que somos criadas como delicadas, suaves e gentis, jamais como enfáticas ou assertivas. E quando nos impomos somos vistas como masculinizadas. Não há dúvidas de que isso atrapalha nossa vida profissional.

E este comportamento não é privilégio de algumas áreas. Em todos os mercados funciona assim. Em qualquer sala de reunião. O bropriating ajuda a explicar porque existem tão poucas mulheres nas lideranças das empresas. Além das supostas desvantagens mercadológicas e o preconceito de gênero, ainda servimos de plataforma para o crescimento de colegas homens, pelo simples fato de sermos menos ouvidas e levadas a sério. Garotas do mundo todo, sejamos as donas das nossas ideias!

 

Mansplaining – Man + explaining. É quando um homem dedica seu tempo para explicar a uma mulher como o mundo é redondo, o céu é azul, e 2+2=4. Ele fala didaticamente como se ela não fosse capaz de compreender, afinal é mulher. Mas o mansplaining também pode servir para um cara explicar como você está errada a respeito de algo sobre o qual você de fato está certa, ou apresentar ‘fatos’ variados e incorretos sobre algo que você conhece muito melhor que ele, só para demonstrar conhecimento.

Todo este material disponível no site citado nos ajuda a ser mais críticas no nosso cotidiano, a identificar quando estamos sofrendo ou até mesmo quando estamos sendo as autoras desse tipo de ação discriminatória com outra mulher.

Junt@s na campanha contra o machismo!

Um abraço carinhoso,

 

Cristianne Magalhães 
mora no bairro é Educadora Sexual,
com Pós-graduação em Sexualidade Humana

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praia do flamengo

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