Educação sexual 

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A curiosidade mata?

CRISTIANNE MAGALHÃES

A curiosidade matou o gato! Esse ditado é bem antigo. Mas é sabido que a ciência é movida pela curiosidade. Sem ela não seriam descobertas todas as coisas que conhecemos até hoje, nada mais seria inventado, não seriam descobertas novas plantas e espécies de seres vivos como vemos pela mídia. E quando as crianças querem saber sobre sexualidade?

As crianças são cientistas natas. E bem objetivas e espontâneas. O que elas não sabem, mas querem saber, é bem provável que perguntem, na hora que o assunto surge, não importa onde e com quem estão. Sem a curiosidade a criança não se desenvolveria, não cresceria nem se transformaria numa pessoa adulta. Portanto, louvemos e brindemos à curiosidade! Tim-tim!
Vamos a dois casos:
Caso 1 – ambos no carro, passando na frente do motel Panda:
Filha – Pai, olha um ursinho! Que lindo! Eu quero ir lá ver o ursinho. Tem outros bichinhos lá?
Pai – Tem, sim. Galinha, pinto, veado, peru.
Filha – Me leva lá pra eu ver, pai? Adoro bichinhos.
Pai – Levo, levo sim! Qualquer dia.
(Filha se cala e fica satisfeita.)

Caso 2 – na mesa do jantar:
Filha – Pai, o que é punheta?
Pai – Quem não tem mão é maneta. Quem não tem pé é perneta. Quem não tem punho é punheta.
(Filha se cala e olha desconfiada.)

Essas histórias são hilárias! Dignas de programas humorísticos. Mas aconteceram. São reais. Elas demonstram espontaneidade e criatividade por parte dos pais. Pensamento rápido! Mas podemos observar que as respostas tiveram efeitos distintos sobre as filhas.
Analisemos. No caso 1 pai e filha estavam juntos no momento que a curiosidade da criança foi aguçada. Portanto, o pai sabia de onde vinha a pergunta da filha. No caso 2 a criança surge “do nada” com uma pergunta. É claro que não é “do nada”, mas o assunto não era esse na mesa de jantar, e a pergunta ficou guardada como “uma carta na manga” para ser usada na hora que a filha achasse conveniente. Então o pai não sabia qual era a origem do assunto. Uma hipótese: levando em conta que as crianças descobrem muitas coisas fora do ambiente familiar e retomam o assunto em casa para “saber” o que a família tem a dizer, existe uma chance deste ter sido o motivo do olhar desconfiado da filha para a resposta do pai. Por isso, mães e pais precisam prestar atenção se a situação aconteceu na sua presença ou na sua ausência. No primeiro caso, o pai estava com a criança quando esta viu a imagem do urso estava na entrada de um motel, mas a criança não sabia o que era aquele lugar. A resposta do pai foi satisfatória. No segundo caso, ninguém sabe onde a criança ouviu e quem falou a palavra “desconhecida”. Pela reação da filha, podemos supor que a resposta do pai não coincidiu com a informação anterior. Se esta hipótese é verdadeira, a criança vai precisar de uma terceira situação pra confirmar quem falou a verdade.
Existem pelo menos duas formas de responder às perguntas das crianças sobre sexualidade sem escamotear. Uma é falando prontamente a verdade. A outra, um pouco mais cuidadosa, é perguntando, com calma e naturalidade, a origem da dúvida. “Que palavra diferente, né filhinha? Quem falou essa palavra pra você? Conta pro papai, como foi?”. Assim a criança vai dizer o que houve e o pai vai ter um tempinho a mais para pensar e responder de uma forma satisfatória para a criança, e mais próxima da verdade. Sabe lá se a menina ouviu alguém dizer “Isso aqui é uma punheta!” querendo dizer que era algo chato? Se o pai não perguntar, não vai saber.
Uma dica: pergunte detalhes sobre a situação, aguce a sua curiosidade para “atirar mais perto do alvo”.
Outra dica: dizer a verdade para uma criança ajuda a fortalecer os laços com ela, ajuda a criança a construir confiança na relação. Isso ela vai levar pra vida toda. Já disse um Grande Mestre “A verdade vos libertará!”.
Um abraço carinhoso,

 

Cristianne Magalhães 
mora no bairro é Educadora Sexual,
com Pós-graduação em Sexualidade Humana

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praia do flamengo

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