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Vigília no Largo do Machado homenageia vítimas de atentados em Paris
WERBETH MOUSINHO
Centenas de brasileiros e estrangeiros se reuniram na praça para pedir paz
Mais de nove mil quilômetros separam o Rio de Janeiro de Paris, mas nem mesmo essa enorme distância diminui a solidariedade do carioca diante da tragédia enfrentada pelos franceses. E o Largo do Machado foi o ponto de encontro eleito pelo Consulado da França no Rio para a realização de um ato público após os atentados ocorridos na sexta-feira, 13 de novembro, em Paris, que deixaram mais de 100 mortos.
A Vigília pela Liberdade reuniu mais de 300 pessoas, entre brasileiros e estrangeiros (muitos deles franceses), que expressaram o repúdio à violência, à intimidação e ao ódio. Com cartazes e gritos de ordem, os manifestantes reafirmaram o desejo de liberdade e democracia.
Em momentos emocionantes, houve cantoria coletiva do hino francês, "A Marselhesa", e também de canções famosas do idioma francês, como "La Vie en Rose", de Edith Piaf. Muitos carregavam cartazes, em que repudiavam o terrorismo e pediam paz e liberdade.
No meio da praça também foram feitas orações pelas pessoas que morreram assassinadas por terroristas radicais do Estado Islâmico. Alguns lembraram a cidade de Mariana, no interior de Minas Gerais, devastada pela quebra de duas barragens, no inicio de novembro.
Nem mesmo a chuva que fechou o tempo no Rio naquele fim de semana impediu que a vigília tivesse velas acessas aos pés das árvores que ornamentam o Largo do Machado. Nos cartazes se lia em francês “Cariocas pour la paix em France” (“Cariocas pela paz na França”, em português), ou em inglês “Pray for peace” (“Ore pela paz”, em português).
O ato, convocado pela Embaixada da França no país, também foi realizado simultaneamente em outras cidades brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte.
Os atentados
No dia 13 de novembro, membros do grupo radical Estado Islâmico realizaram ataques simultâneos em diversos pontos de Paris, matando pelo menos 120 pessoas. A maioria delas estava na casa de espetáculos Bataclan, assistindo a um show de rock da banda Eagles of the Death Metal. Homens armados entraram no local atirando. Houve tiroteios também em mais dois “cafés” parisienses e duas explosões próximo ao Stade de France, durante um jogo entre as seleções de França e Alemanha. No dia seguinte, o EI assumiu a autoria dos atentados. É o pior ataque à França na história recente.